Após a estabilização que tem sido verificada na carteira de lançamentos, o nicho de imóveis usados (avulsos), que é responsável por 75% de todo o mercado imobiliário, se mantém ativo e promete crescer até mais de 30%.
Negócios: O nicho de avulsos é responsável por 75% de todo o segmento imobiliário.
Após a estabilização que tem sido verificada na carteira de lançamentos, o nicho de imóveis usados (avulsos), que é responsável por 75% de todo o mercado imobiliário, se mantém ativo e promete crescer até mais de 30%.
A Century 21 Brasil, integrante da maior rede de franquia imobiliária do mundo, prevê para este ano um aumento de 34% nas vendas, com uma projeção de 12% na elevação dos preços de usados, segundo informações do presidente e CEO da empresa, Ernani Assis.
De acordo com os dados de encerramento do primeiro trimestre na rede, o crescimento foi de 25% nas vendas, de janeiro a março, em relação ao mesmo período do ano anterior. O número de unidades avulsas comercializadas subiu de 240 para 570.
O aumento percentual é calculado levando em consideração que no início de 2011 só haviam 41 lojas da rede em funcionamento e a média de vendas era de 2 unidades, ao mês, por loja, ou 6 no trimestre. Este ano, já com 76 franquias abertas o país, a média subiu para 2,5 mensais ou 7,5 no trimestre.
“Não só as vendas cresceram, como os imóveis ficaram mais valorizados”, afirma Ernani Assis. O aumento foi de 10,2% no preço médio. Segundo ele, o Valo Geral de Vendas (VGV) subiu de R$91,2 milhões no primeiro trimestre de 2011 para R$235 milhões este ano.
De acordo com Alex Pinheiro, sócio diretor da franquia baiana Century 21 Metropolitan, o índice de cresceimento de 25% no trimestre se repete na Bahia e a tendência é, igualmente, aumentar no restante do ano.
No segundo semestre de 2011, a franquia vendeu 5.600 habitações avulsas em Salvador. Anualmente, são comercializadas de 10 a 12 mil unidades. “Os imóveis usados estão com maior credibilidade hoje”, diz.
José Alberto de Vasconcelos, dono da imobiliária JA Imóveis, diz que obteve um incremento de mais de 30% na comercialização de usados, após o carnaval. “Houve um aumento nas vendas e acredito que isso venha a se manter”, afirma.
No caso da rede de Imobiliárias RE/MAX, a expectativa é de haver crescimento de 35% a 45% em Valor Geral de Vendas (VGV), no total das transações de avulsos. “É muito maior a procura por usados do que lançamentos. Vai haver uma ebulição muito interessante, este ano”, diz o franquiado master José Azevedo Filho.
Em 2011, a RE/MAX fechou o ano na Bahia com VGV de R$150 milhões na comercialização de avulsos. Em janeiro e fevereiro, deste ano, já foram R$50 milhões em VGV e a perspectiva é fechar o trimestre com cerca de R$80 milhões.
Segundo Azevedo Filho, após o boom iniciado a partir de 2007, a hora é de entrega dos empreendimentos novos, o que irá puxar a comercialização dos mais antigos. “Uma parte é por conta de investidores que vão revender, outra é por quem vai se mudar”, considera.
Segundo Claudio Cunha, um dos diretores da Brito & Amoedo (Brasil Brokers), o crescimento nas vendas da imobiliária tem se mantido entre 11% e 12% anualmente, mas para este ano é esperado um aumento maior, de pelo menos 15%.
A médica Ana Célia Romeu, 40 anos, está satisfeita com a opção que fez por um apartamento usado. Na hora de escolher a nova moradia, ela deu preferência por um pronto para morar que fosse localizado no Pituba Ville. “Eu queria me mudar logo e nem cogitei comprar um lançamento”, afirma.
Fonte: JORNAL A TARDE
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