Bahia: um ciclo virtuoso de investimentos.

 

Na primeira coluna de 2011, trago ao leitor uma boa notícia: tudo indica que a Bahia vai entrar num ciclo virtuoso de ampliação dos investimentos entre 2011 e 2014. A janela de oportunidades de investimentos vai ser aberta pelo circuito de negócios que será gerado pela Copa do Mundo de 2014, pelos investimentos públicos previstos para o período e pela melhoria que se verifica na infraestrutura. Quem abrir as planilhas do PAC vai verificar, por exemplo, que estão previstos para a Bahia investimentos da ordem de R$ 60 bilhões, até 2010 e pós 2010 e mais da metade desses recursos só agora começa a entrar agora no circuito da economia baiana.



Agregue-se a esse montante, os recursos que serão disponibilizados para a Fonte Nova e para as obras de mobilidade urbana, os recursos do Plano Plurianual de Investimentos do governo do Estado , além dos financiamentos nacionais e internacionais, e vai ser fácil chegar a uma média anual de investimento no período 2011 e 2014, bem maior que a de períodos anteriores. Com isso, a taxa de investimento da Bahia em relação ao PIB vai aumentar, o que significa mais crescimento e mais investimento. E vale para Salvador, afinal, o impacto da construção da Arena Fonte Nova e seus desdobramentos, em termos turísticos imobiliários e de serviços, vai gerar negócios e empregos em vários segmentos da economia soteropolitana.

Junte-se a isso os investimentos privados já garantidos e que começarão a ser tocados nesse período, como a ampliação da Ford, investimento de R$ 2,8 bilhões, aqueles anunciados pela Braskem, da ordem de R$ 250 milhões, a implantação do parque eólico, com investimento de R$ 150 milhões em duas fábricas em Camaçari, a implantação da nova planta da Veracel, que representa algo como R$ 6 bilhões, os investimentos na Rlam, da Bahia Mineração e outros.

E a possibilidade concreta de negociação de outros projetos como a implantação de uma planta de acido acrílico, a nova planta de plástico verde da Braskem que poderá aportar aqui e o estaleiro naval para atender a Petrobras, um investimento que pode chegar a R$ 1,5 bilhão e que vai estimular dezenas de indústrias a se instalarem na Bahia, além dos investimentos do setor mineral baiano. Tudo isso permite afirmar que a Bahia vai entrar num ciclo virtuoso de investimentos, afinal, sabe-se desde sempre que negócios geram mais negócios e investimentos geram mais investimentos.

O MERCADO IMOBILIÁRIO NO INTERIOR

Esse ciclo virtuoso de investimentos tem na construção civil um dos seus principais elos, não só em Salvador, mas especialmente nas cidades do interior. Na verdade, o interior da Bahia é a nova fronteira para o mercado imobiliário baiano. Em 2010, mais de 20% dos imóveis lançados na Bahia localizaram-se em Feira de Santana e o número de lançamentos começa a crescer em outras cidades como Vitória da Conquista, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, Ilhéus e Itabuna. Naturalmente, o programa Minha Casa Minha Vida é quem induz essa localização e mais de 50% dos imóveis do programa foram lançados fora da Região Metropolitana de Salvador.